A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e as fabricantes Boeing e Embraer vão escolher uma universidade paulista para receber um centro de pesquisa destinado ao desenvolvimento de biocombustíveis para aviões. O novo centro seguirá o modelo dos centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), da agência de fomento paulista, criados para a realização de pesquisas na fronteira do conhecimento.
De acordo com o coordenador-adjunto de Programas Especiais da Fapesp, Luís Augusto Barbosa Cortez, antes da publicação do edital, será feito um levantamento das pesquisas relacionadas com a produção de biocombustível e também de aspectos ligados à distribuição das pesquisas. “A primeira parte do projeto vai durar de 9 a 12 meses. Vamos realizar um estudo que chamamos de roadmap. Pretendemos identificar possíveis rotas tecnológicas e também os desafios e barreiras à pesquisa”, explica Cortez.
A expectativa é a de que as pesquisas estejam concluídas em 11 anos. Cortez afirma que as empresas de aviação estão interessadas na produção de um combustível com menor emissão de gás de efeito estufa. “Um litro de querosene resulta na mesma quantidade de CO2 emitida. A Boeing estima que a aviação responde por 2% do combustível consumido no mundo. Essa cifra de biocombustíveis o Brasil poderia atender praticamente sozinho”, garantiu.
O desenvolvimento de biocombustível vai depender de variáveis como a matéria-prima, a forma de produção e o modo de transporte. O foco estará em um querosene bastante parecido com o atual, mas de origem biológica, independente da matéria-prima (vegetal, fibra, açúcar) ou da tecnologia utilizada.
(Com informações da Unicamp)