Inaugurada em 2010, a primeira fábrica de chips do Brasil deve começar a operar no próximo ano. A informação foi confirmada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, que foi convocado a prestar esclarecimentos sobre o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica (Ceitec), que custou R$ 500 milhões.
O ministério assumiu a obra em fevereiro deste ano porque o consórcio responsável pela construção fez a entrega com dois problemas que impediram o funcionamento da fábrica: a falta de um sistema de água ultrapura, necessário para a produção de chips, e a ausência de tubulações suplementares de segurança, exigidas devido aos gases tóxicos que surgem durante o processo de produção.
O centro é composto pela área de desenvolvimento de microchips, que já está em operação, e pela fábrica, que até hoje não produziu nenhum chip. De acordo com o ministro, as pendências foram identificadas por uma comissão técnica da pasta e por uma empresa internacional, que avaliaram a obra. O consórcio alegou que fez tudo de acordo com padrões internacionais de segurança, Mercadante disse que serão tomadas medidas para que o consórcio seja responsabilizado pela inexecução parcial da obra. “Vamos debitar do consórcio os investimentos que forem feitos nesses ajustes. Temos uma pendência administrativa e potencialmente jurídica contra o consórcio”, disse.
Sobre o suposto superfaturamento da obra, que foi denunciado em reportagem da revista Isto É, o ministro afirmou que desde que assumiu a pasta não aceitou fazer mais nenhum aditivo no contrato.
Informações sobre as ações do MCTI podem ser obtidas no site www.mcti.gov.br.
(Com informações da Agência Câmara)