De olho num mercado em forte expansão, que em 2013 deverá alcançar a marca de US$ 20 bilhões, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) tem apostado na aquisição de softwares para impulsionar as pesquisas no país com foco na tecnologia de lâmpadas a LED.De acordo com especialistas, esse segmento pode responder em dois anos por 16% do mercado de iluminação, com potencial para chegar a 50% até 2015.
A proposta da instituição é viabilizar o desenvolvimento de projetos que contemplem desempenho energético, térmico e ambiental. Para tanto, adquiriu, no ano passado, da Alemanha, um recurso para a caracterização fotométrica realizada por um goniofotômetro. Trata-se de um equipamento informatizado que mede a luz emitida.
O investimento na iniciativa somou R$ 1 milhão e o instituto contou com o apoio da Finep e da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux). Segundo Oswaldo Sanchez Junior, pesquisador do Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos (LEO), unidade do IPT responsável pelos estudos, com os novos recursos será possível substituir procedimentos que ainda são empíricos no desenvolvimento de luminárias, “e criar um caldo de cultura que será sistematizado em novos conhecimentos”.
Ainda de acordo com o cientista, a tecnologia de lâmpadas a LED para os segmentos comercial, residencial, industrial e público passará por um forte processo de inovação nos próximos anos e a concorrência será o maior combustível para a modernização tecnológica na área. “É um setor muito competitivo”, afirmou. Este movimento possibilitará, por exemplo, o desenvolvimento de produtos e sistemas com mais desempenho em relação à eficiência energética e dissipação térmica durante a operação.
“Será possível repensar o modo de atender as necessidades do usuário”, garantiu. Entre as vantagens competitivas das lâmpadas a LED está a possibilidade de serem facilmente dimerizadas. Se atendida num projeto, esta caracaterística pode proporcionar um serviço que se harmoniza com a iluminação natural, sem excedentes ou carência de energia luminosa em cada ambiente.
Dados da Abilux apontam que no Brasil existem poucos fabricantes de lâmpadas desse tipo e a maior parte das empresas do setor atua com fabricação de luminárias para os segmentos residencial, comercial e industrial. O Estado de São Paulo responde pela maior fatia do mercado, com 58% de participação. O Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco também são líderes no segmento.
Para acompanhar as ações do IPT acesse o site www.ipt.br.
(Com informações do IPT){jcomments off}