Genebra – As organizações europeias de pesquisa tecnológica hoje passam por um processo para se tornarem voltadas para a inovação. Há 25 anos, todas tinham uma orientação muito científica. “A inovação é muito mais do que ciência, é sobre mercados, relacionamentos entre organizações científicas, em relação a ter acesso a capital e em particular a construir cadeias de inovação”, afirmou o secretário geral da Associação Europeia das Organizações de Pesquisa Tecnológica, Christopher Hull, em entrevista para a Agência Gestão CT&I de Notícias.
Para ele, um dos principais desafios das organizações é fazer com que elas se situem no meio dessa cadeia de inovação, ajudando a construir e manter esses sistemas de maneira efetiva.
O secretário também falou sobre as parcerias entre organizações de pesquisa tecnológica brasileiras e europeias. “Obviamente isso é possível, mas deve acontecer individualmente entre as instituições dos dois países, onde encontrarem interesses comuns e áreas em que queiram atuar juntas”, disse.
Nesse sentido, ele citou a instalação de um Centro de Pesquisa Tecnológico da Finlândia (VTT), em São Paulo. “Isso aconteceu porque uma instituição finlandesa demonstrou interesse pelo biocombustível brasileiro e pediu que a VTT fizesse essa ponte entre os dois países. Tenho certeza que esse pequeno centro se ligará a outras organizações e talvez a universidades nacionais”.