Déficit tecnológico da indústria brasileira pode ultrapassar US$ 100 bilhões em 2011
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16/09/2011Estudo divulgado nesta semana pela Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) apontou que o déficit tecnológico da indústria brasileira ficou em US$ 50 bilhões no primeiro semestre de 2011. O valor é 33% superior ao do mesmo período de 2010. A previsão é que o prejuízo ultrapasse a cifra dos US$ 100 bilhões até o final do ano, podendo alcançar a marca de US$ 120 bilhões.
Trata-se da segunda edição do “Monitor do Déficit Tecnológico”, pesquisa que avalia os resultados do comércio exterior brasileiro por intensidade tecnológica. A análise detalhada do saldo comercial mostrou que os grupos industriais de alta e média-alta tecnologia mantiveram saldos negativos nos seis primeiros meses do ano, atingindo déficits de US$ 14,8 bilhões e de US$ 23,8 bilhões, respectivamente.
A balança comercial foi sustentada no período pelos produtos de baixa tecnologia e produtos não industriais, que continuam com superávits crescentes. O primeiro grupo registrou, no semestre, saldo de US$ 19,5 bilhões, valor 10% superior ao mesmo período de 2010. Já o segundo, acumulou no período US$ 31,5 bilhões, alta de 55% se comparado aos primeiros seis meses do ano passado.
O grupo de média-baixa tecnologia manteve superávit de US$ 500 milhões de janeiro a junho. O resultado se deve à recuperação das exportações de produtos metálicos, que registraram saldo de US$ 4,6 bilhões, ante US$ 2,1 bilhões em igual período de 2010. Também se explica pela venda externa da primeira plataforma de perfuração produzida no Brasil, o que contribuiu para o setor de construção naval exportar US$ 1 bilhão no período.
O estudo
O indicador Déficit Tecnológico foi criado pela Protec para verificar a competitividade dos segmentos industriais brasileiros de maior intensidade tecnológica no comércio exterior de mercadorias e serviços. A metodologia utilizada segue os parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O estudo está disponível na íntegra neste link.
(Com informações da Protec)
