Diretoria da Anprotec faz balanço da gestão

O fim de 2011 marca o ano em que a inovação se tornou eixo estruturante de políticas públicas. Registra também o fim de uma gestão positiva da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). No próximo ano, a diretoria comandada pelo presidente Ary Plonski acompanhará os resultados obtidos com as medidas adotadas durante os quatro anos que esteve à frente da Associação.

Durante um café da manhã com os parceiros, realizado hoje (8), em Brasília (DF), Plonski apresentou as metas alcançadas pela atual diretoria. “Quando assumimos em 2008 tínhamos consciência que havia um longo plano de gestão para ser cumprido e assim fizemos”, afirmou em entrevista exclusiva ao Gestão C&T online.

Institucionalmente, a Anprotec se fortaleceu. A atual diretoria aplicou um conjunto de medidas para tornar a instituição apta a acompanhar o crescimento da relevância do tema inovação na agenda de discussões. “Fizemos uma revisão do estatuto e do regimento, implantamos um conselho fiscal, entre outras ações”, listou Plonski. “Fazendo uma comparação com o atletismo, antes tínhamos fôlego para correr algumas provas mais curtas e hoje somos capazes de participar de uma maratona”, afirmou.

Parcerias estratégicas também foram firmadas neste período e importantes instituições como o CNPq e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançaram editais específicos para apoiar o Centro de Referência de Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) e os parques tecnológicos.

A articulação política com os poderes Executivo e Legislativo também foi destaque na atuação da diretoria de Plonski. “Junto com a ABIPTI e a Anpei [Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras] nos aproximamos mais do Legislativo. Com mais diálogo ajudamos na formulação de políticas públicas para beneficiar as empresas”, concluiu.

A próxima edição do Informe ABIPTI trará uma entrevista completa com o presidente da Anprotec, Ary Plonski. Ele faz um balanço da sua gestão frente à instituição, comenta os desafios para o desenvolvimento das incubadoras e avalia as políticas públicas do primeiro ano do governo Dilma Rousseff.

Homenagem
Há exatos 30 anos, eram criados os primeiros núcleos de inovação tecnológica (NITs). Naquela época, a medida tomada pelo então presidente do CNPq, Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, era para muitos uma aposta que poderia dar certo. Durante o Café da Manhã da Anprotec com os Parceiros, a data foi lembrada não só pelo marco histórico na inovação, mas também por ser o aniversário do visionário professor Lynaldo, que completaria 79 anos.

Paraibano, Albuquerque concluiu o curso de engenharia civil na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). De 1980 a 1985, foi presidente do CNPq. Presidiu também o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub). O professor foi um dos principais articuladores para a criação da ABIPTI, onde ocupou a secretaria executiva da Associação de 1991 a 2008.

(Felipe Linhares para o Gestão C&T online)