Exército e Marinha apresentam demandas à indústria da defesa

O Exército e a Marinha apresentaram na abertura da Conferência Anual de Defesa, nesta segunda-feira (17), a lista de equipamentos e serviços que o Brasil pretende adquirir até 2050. Considerado ambicioso pelos próprios militares, o Programa de Reaparelhamento das Forças Armadas dará prioridade ao grupo de navios previsto no pacote do Programa de Obtenção de Meios de Superfície (ProSuper).

A lista inclui mais de 20 submarinos, sendo seis nucleares, navios de diversos tipos e aeronaves. Só de aeronaves de interceptação e ataque serão 48. Três tipos de navios patrulha também estão na lista. Ao todo serão 62 compras desse tipo de embarcação até 2030. Há ainda helicópteros, serviços e tecnologias das mais diversas áreas e outros equipamentos.

O coordenador do Programa de Reaparelhamento e diretor geral de Material da Marinha Brasileira, o contra-almirante Rodolfo Henrique de Saboia, falou aos participantes da conferência  sobre a Estratégia de Defesa Nacional, que até 2030 pretende reorganizar as Forças Armadas e a indústria nacional de material de defesa, além de melhor compor o efetivo militar, com profissionais familiarizados a tecnologias de ponta.

De acordo com Saboia, o Brasil já recebeu propostas comerciais da Itália, Alemanha, Espanha, Holanda, Coreia do Sul e do Reino Unido. “Todas as compras pretendidas têm como premissa a transferência de tecnologia”, acrescentou. “Só com o programa de submarino temos a expectativa de gerar cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos.”

O oficial citou também alguns objetivos do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, destinado a monitorar e controlar o espaço aéreo e marítimo brasileiro. “É uma oportunidade de recuperarmos e incentivarmos o crescimento da base industrial instalada e de elevar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação em nosso país”, concluiu o militar.

(Com informações da Agência Brasil)