Os resultados da primeira etapa da chamada pública de Tecnologia Assistiva revelou que a maioria das empresas não estão preparadas para participarem da concorrência. A Finep eliminou 69,2% das 182 propostas apresentadas.
Das 126 empresas excluídas, 83 foram desclassificadas por mais de um motivo. A principal deficiência foi a falta de experiência em tecnologia assistiva, responsável pela eliminação de 57,4% das empresas não habilitadas no processo. A segunda maior causa de desclassificação foi o fato de as propostas não consistirem em um produto assistivo do edital. Cerca de 29,5% dos projetos não selecionados se enquadram neste perfil.
Segundo a chefe do Departamento de Tecnologias Sociais da Finep, Patricia Retz, as empresas não tem o costume de analisar minuciosamente a chamada. “Grande parte das concorrentes, infelizmente, não lê com atenção os editais. Os maiores percentuais de recusas, se analisarmos bem, estão ligados à falta de cuidado no preenchimento do que pede a chamada”, afirma Retz.
As propostas com produto incompatível com a linha temática apresentada na concorrência correspondem a 22,2% das empresas eliminadas. Esse não é o primeiro edital a apresentar alto índice de desclassificação de empresas. Em 2007, o Programa de Subvenção Econômica à Inovação, o primeiro a conceder recursos não reembolsáveis para empresas, recebeu 2.567 propostas. Apenas 569 projetos passaram da fase de pré-qualificação. O final do processo selecionou somente 6,77% das propostas aprovadas.
(Com informações da Finep)