Com a reforma ministerial anunciada pelo governo Federal, o próximo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação encontrará uma lista de desafios assim que assumir o cargo. Marco Antonio Raupp terá que dar andamento à estruturação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).
Em visita às instalações do centro, em Cachoeira Paulista (SP), o até então ministro Aloizio Mercadante destacou os próximos passos para aperfeiçoar o sistema de alertas. Segundo ele, é preciso avançar no levantamento geotécnico e aumentar a capacidade de previsão com a instalação de novos pluviômetros.
O levantamento geológico das áreas de risco é uma das maiores preocupações do MCTI. Isso porque o serviço esbarra na falta de profissionais qualificados para o detalhamento do solo e encostas desses locais. Em entrevistas a veículos de comunicação, Mercadante chegou a declarar que não há como resolver esse problema em curto prazo.
A integração de sistemas de alerta municipais e estaduais com o federal também está presente na lista que será entregue ao novo ministro. A ideia do governo é que em cada cidade com áreas de risco haja um sistema de alerta. “Hoje, temos centro de monitoramento lá no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, trabalhando de forma integrada e com capacidade de se deslocar rapidamente para áreas com potencial de serem afetadas por desastres naturais nesses Estados”, avaliou Mercadante.
O Cemaden
O centro, que começou a ser implantado em julho de 2011, fica no campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e opera em esquema de plantão (24 horas) desde dezembro. A função é emitir alertas sobre a iminência de deslizamentos, enxurradas e inundações em quatro níveis de risco (leve, moderado, alto e muito alto), subsidiando o Sistema Nacional de Defesa Civil.
Até o momento foram investidos cerca de R$ 13 milhões no Cemaden, onde trabalham hoje cerca de 80 pessoas. Nesta época do ano, o foco principal está no Sul-Sudeste, mas o monitoramento em outras regiões do país é constante, segundo o MCTI. Entre abril e agosto, as atenções serão voltadas para o Nordeste por conta da estação chuvosa.
(Com informações do MCTI e Agência Brasil)