A tímida indústria espacial brasileira deve se beneficiar da atual estabilidade econômica do país. De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (11), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil está em uma posição privilegiada para um processo de estruturação da demanda do Programa Espacial Brasileiro.
Segundo o Ipea, o mercado nacional possui uma demanda majoritariamente de entidades públicas e é baseada em recursos públicos devido ao grande uso de tecnologias espaciais em pesquisas científicas, por instituições militares, para previsão do tempo, entre outros. Os indicadores de mão de obra que apontam qualificação diferenciada e potencial de produtividade dessas firmas em relação às médias nacionais também são apontados como fatores positivos para o crescimento dessa indústria.
O salário mensal médio pago no setor é de R$ 2,5 mil. O nível tecnológico das firmas pode ser ainda observado a partir do percentual de engenheiros, cientistas e funcionários com ensino superior. Os engenheiros chegam a ser quase 9% do pessoal ocupado no setor. O pessoal com ensino superior é de 37% do total empregado pelo conjunto de firmas.
Porém, o estudo revela que apesar dos bons indicadores faltam ações capazes de orientar o planejamento de médio e longo prazo do setor espacial. “É fundamental garantir a efetividade das ações em setores como agronegócio, planejamento e uso da terra, energia, construção civil, saúde e educação para a sustentabilidade do processo de desenvolvimento, as quais podem ser beneficiadas por meio da maior intensidade de utilização de aplicações espaciais”, afirma o estudo do Ipea.
(Agência Gestão CT&I de Notícias com informações do MCTI)