Escolhido em uma lista tríplice para dirigir o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o físico Fernando Lázaro Freire Júnior já sabe quais são os principais desafios para o mandato de quatro anos. Na opinião do diretor, que tomou posse no dia 19, a missão da instituição será se consolidar como instituto nacional de física.
“Precisamos ter destaque na comunidade de física nacional e presença disseminada em redes de colaboração, como a Rede Nacional de Física de Altas Energias [Renafae] e a Rede de Institutos de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica”, analisou. Para isso, ele defende a implantação de laboratórios estratégicos regionais.
O Laboratório Multiusuário de Nanociência e Nanotecnologia (Labnano), instalado no Rio de Janeiro (RJ), foi citado como exemplo pelo diretor. “Se ao final do mandato eu tiver atingido a meta de ampliar a presença do CBPF no cenário nacional, acho que terei cumprido a missão maior”, afirmou Lázaro.
O novo diretor tem longa experiência nas bancadas. Ele pesquisa materiais nanoestruturados à base de carbono, tais como filmes finos, nanotubos e grafeno. Autor de cerca de 150 artigos científicos e premiado pelo trabalho de autoria exclusivamente brasileira mais citado na área de materiais na década de 1990, Fernando Lázaro fez toda a sua formação e boa parte do seu percurso profissional na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), ele coordenou a área de física e astronomia e esteve à frente do Instituto Virtual de Nanociência e Nanotecnologia. Foi ainda presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) e coeditor da Europhysics Letters.
(Com informações do MCTI)