Até junho de 2012, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) pretendem anunciar os resultados de um mapeamento das melhores práticas de gestão do conhecimento adotadas por incubadoras de empresas e parques tecnológicos.
A novidade foi anunciada pelo presidente da Anprotec, Guilherme Ary Plonsky, durante o 21° Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, evento realizado entre os dias 25 e 28 de outubro, em Porto Alegre (RS). O estudo é um dos projetos do plano de trabalho (2010-2012) estabelecido em um convênio de cooperação entre as duas instituições.
De acordo com a superintendente executiva da Anprotec, Sheila Oliveira Pires, a gestão é um fator crítico para que os habitats de inovação sejam bem sucedidos. Nesse ambiente, completa ela, a geração de conhecimento depende do desenvolvimento de práticas inovadoras de gestão. “A proposta dessa parceria com o Sebrae é identificar boas práticas para replicá-las em outras instituições”.
Sheila também salienta que a pesquisa identificará não só experiências de sucesso diretamente ligadas à gestão, mas também determinadas atividades que podem impactá-la. “Além desse levantamento, esperamos estimular a criação de uma rede de conhecimento e de articulação entre todas as entidades envolvidas”.
O primeiro passo da pesquisa, explica Sheila, será um questionário aberto. Em uma segunda etapa, a apuração das informações será mais direcionada, por meio de visitas técnicas. Serão pesquisados parques tecnológicos e incubadoras ligados às 261 associadas à Anprotec.
“Isto significa um universo de aproximadamente 400 incubadoras e 74 parques tecnológicos, sendo que 30 destes estão efetivamente em operação. O restante dos parques encontra-se em fase de projeto ou de implantação. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por exemplo, possui cinco incubadoras e um parque tecnológico”.
A execução do levantamento de atividades dos habitats de inovação vai estar a cargo de um grupo de pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), que apoiará a Anprotec e o Sebrae no desenvolvimento do projeto. Segundo Pires, a parceria entre a associação e a fundação é antiga.
“Na última segunda-feira (24), durante o seminário, foi realizada a formatura da primeira turma de especialização lato sensu em gestão de habitats de inovação, curso que participei como aluna. A especialização, com 500 horas/aula, foi promovida pela FIA e pela Anprotec, com o apoio do CNPq, do Sebrae e do Programa Nacional de Incubadoras e Parques Tecnológicos (PNI), vinculado ao MCTI”.
(Cristiane Rosa para o Gestão C&T online)