Teve início nesta segunda-feira (16) o 10 Simpósio da ABIPTI sobre os “Rumos da Pesquisa Tecnológica Brasileira para os próximos 5 anos”, que tem como objetivo debater as principais necessidades e demandas do setor de desenvolvimento de tecnologia nacional, que serão consolidados eu um único documento chamado “Carta de Aracaju”.
Divido em 4 temáticas (TICs, Energia, Saúde e Indústria), o primeiro dia do evento foi marcado por importantes contribuições para as políticas de apoio e incentivo à pesquisa tecnológica para TICS e Energia.
De acordo com Paulo Foina, presidente da ABIPTI, o propósito do Simpósio é levantar questões que possam alavancar o ambiente de pesquisa tecnológica e inovação no Brasil, tornando-o mais leve, ágil e que atenda as reais necessidades brasileiras. “A Carta tem duas partes. A primeira mostra o contexto em que a tecnologia brasileira vive hoje. A segunda, levanta demandas sobre o que precisamos para ter um ambiente adequado”, pontua.
Segundo Foina, o país precisa de uma política tecnológica para atender a uma política industrial, para ter para atender uma necessidade de desenvolvimento socioeconômico. “Sem isso, fica difícil encontrarmos um caminho correto do investimento em tecnologia. O foco não é no hoje. É preciso saber onde o Brasil quer estar nos próximos dez anos”, conclui.
Realizado em parceria com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e a Universidade Tiradentes (Unit), em Aracaju (SE), o Simpósio reúne representantes de várias ICTs associadas à ABIPTI, parceiros institucionais e órgão de governo.
Para o professor, Jouberto Uchôa, reitor da Unit, ser associado ABIPTI é uma conquista. “A Universidade Tiradentes é uma instituição que preza e trabalha pela ciência e tecnologia. Daqui sairão decisões importante que podem melhorar a tecnologia e a ciência no Brasil”, enfatiza.
Diego Menezes, presidente do ITP, Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unit e Vice-Presidente da ABIPTI da região Nordeste, disse estar muito feliz em receber o evento. “Como nós sabemos, o nosso país é continental e, consequência disso, temos muitas assimetrias dentro de diversas áreas. Na ciência, na tecnologia e Inovação não é diferente. Então, trazer a ABIPTI e o primeiro simpósio para o Nordeste é dar visibilidade a questões peculiares regionais, mas sem deixar de olhar para o aspecto nacional. Estamos discutindo ações e propondo iniciativas – nacionais e internacionais – com foco nas necessidades atuais e um planejamento para os próximos cinco anos”, declara.
Flaudemira Paula, diretora executiva da ABIPTI, destacou que um dos marcos do evento é mostrar que vale a pena investir em ciência, tecnologia e inovação. “O Brasil é capaz de produzir, de exportar capital intelectual e produtos, soluções inovadoras. É urgente uma política tecnológica que atenda o setor industrial, que estimule o desenvolvimento socioeconômico. Sem isso, fica difícil encontrarmos um caminho correto do investimento em tecnologia. O foco não é no hoje. É preciso saber onde o Brasil quer estar nos próximos dez anos”, conclui.
Ao final do encontro, que acontece na Universidade Tiradentes (Unit), a ABIPTI apresentará a Carta de Aracaju com sugestões de melhorias no desenvolvimento de tecnologia nacional, que será enviada a todos os candidatos à Presidência da República e, posteriormente às eleições, aos ministros do novo governo.
O debate terá continuidade nesta terça-feira (17), abordando os temas da saúde e indústria.
Com informações da Assessoria de Comunicação do ITP
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